ABCF faz campanha para atrair estudantes da pós-graduação

A Associação Brasileira de Ciências Farmacêuticas (ABCF) está realizando a campanha “ABCF leva você ao VII ABCF Congress 2024, em Floripa, com tudo pago!”. O programa de pós-graduação com maior número de associados à ABCF até o dia 10 de novembro de 2023 ganhará uma viagem para o Congresso da ABCF 2024 com as despesas pagas. O objetivo principal da ação é promover a participação ativa dos programas de pós-graduação na ABCF, fortalecendo a associação e a conexão entre os pesquisadores.

A campanha se estenderá até o dia 10 de novembro. Os estudantes devem preencher os dados para associação no site da ABCF, pagar a anuidade e pronto, o programa de pós-graduação já está participando da premiação. Vale ressaltar que quanto mais um programa de pós-graduação se associar à ABCF durante o período da ação, maiores serão as chances de ganhar o prêmio.

A coordenação do programa de pós-graduação ficará responsável em destinar o prêmio que consiste na inscrição, passagem aérea e hospedagem para o ABCF Congress 2024, que será realizado em Florianópolis.

“Esta ação é uma oportunidade para os programas de pós-graduação mostrarem seu apoio à ABCF e, ao mesmo tempo, serem premiados”, disse Guilherme Martins Gelfuso, presidente da ABCF. “Contamos com a adesão dos estudantes dos programas para juntos trabalharmos em prol da pesquisa farmacêutica brasileira.”

Como se associar

O estudante, profissional ou pesquisador, deve acessar a área do associado, se registrar preenchendo os dados do formulário. Após o preenchimento dos dados, o sistema gera um boleto para pagamento. Assim que o pagamento for identificado, o associado já pode desfrutar dos benefícios da ABCF.

Sobre a ABCF

A ABCF é uma entidade sem fins lucrativos que visa fortalecer e dar voz aos pesquisadores da área das Ciências Farmacêuticas junto aos diferentes órgãos acadêmicos e científicos. Fundada em 2003, durante o Congresso Internacional de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, a associação tem desempenhado um papel fundamental na interlocução da área com as agências de fomento, estimulando a cooperação entre pesquisadores por meio de eventos e iniciativas.

Além de representar a classe, os associados da ABCF têm descontos em ações com empresas associadas e promoções de eventos científicos internacionais. Podem se associar a ABCF pesquisadores, graduados ou estudantes em áreas correlacionadas às Ciências Farmacêuticas.

O regulamento completo da campanha está disponível no aqui.

PRPG/UFPI agracia pesquisa inédita e internacional sobre melancia com entrega de certificado

Há muito tempo, ouvia-se que a melancia é uma fruta que provoca enxaqueca ao ser consumida. Nesse sentido, por meio de pesquisa realizada no Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal do Piauí (UFPI), essa história popular foi comprovada e transmitida à comunidade acadêmica e externa, tendo inclusive sido publicada em revistas internacionais. 

Desta forma, na tarde desta terça-feira (12/9), a Pró-Reitoria de Ensino de Pós-Graduação (PRPG) da Universidade Federal do Piauí (UFPI) consagrou a finalização do projeto de pesquisa produzido pelo Professor da UFDPar, Silva Néto, com a entrega do certificado de conclusão do estágio de Pós-Doutorado, realizado no Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, ao agora egresso da instituição. Na oportunidade, estiveram presentes a Pró-Reitora Regilda Moreira-Araújo; o Supervisor do estágio e professor da PPG em Ciências Farmacêuticas, Prof. Luciano da Silva Lopes; e o atual Coordenador do PPG em Ciências Farmacêuticas, André Luis Menezes Carvalho.

O estudo trata-se de ensaio clínico intervencionista para caracterizar a ingestão de melancia como fator de ativação da via L-arginina-óxido nítrico e de deflagração de crises de cefaleia em pacientes com enxaqueca. Durante o estágio, segundo o prof. Silva Néto, para que o estudo fosse comprovado na prática, foi realizada uma amostra, na qual foram formados dois grupos, divididos entre pessoas que tinham enxaqueca e as que não eram acometidas pela doença. Na investigação, ambos os grupos ingeriram a melancia e depois de 2 horas da ingestão foi feita a dosagem sanguínea para determinar os níveis séricos de nitrito. Em conclusão, 29% do grupo que já apresentava dores de cabeça, após o consumo, sentiu-as outra vez, enquanto os que não tinham a enfermidade, não tiveram complicações.

A pesquisa inédita, tendo em vista que até então não existia nenhum trabalho mostrando que a melancia provoca enxaqueca, cientificamente, foi publicada em revistas internacionais como European Neurology, em 2023 de tema, Migraine attacks triggered by ingestion of watermelon (Citrullus lanatus): A source of citrulline activating the L-arginine-nitric oxide pathway; e Postgraduate Medicine, em 2021 com o nome “Watermelon and others plant foods that trigger headache in migraine patients“, ambas contaram também com a participação do Prof. Luciano da Silva Lopes.

Profa. Regilda Moreira-Araújo evidencia o papel da UFPI na promoção de pesquisas acadêmicas

“A descoberta importante dentro do Programa de Pós-Graduação da Universidade, que já conta com publicações internacionais, evidencia os esforços da instituição em promover a pesquisa e a mobilidade acadêmica”, assim relatou a Pró-Reitora da PRPG, Regilda Moreira Araújo, durante a entrega do certificado. Com entusiasmo, a docente da UFPI ressaltou sua satisfação em ver o êxito dos programas, dos professores, discentes, bem como de todo o corpo que forma a Universidade. Excelência a qual possibilitou a nota cinco pela CAPES, em que a Pós-Graduação teve um papel muito relevante nesta conquista.

“Quando a gente produz trabalhos de impacto, os quais vão ser publicados internacionalmente, acaba que chamamos a atenção para a nossa instituição, para os nossos programas, pois outros pesquisadores vão ler e, por conseguinte, convidar nossos discentes para parcerias, intercâmbios, para compartilhar esse conhecimento. Isso faz com que a UFPI cada vez mais tenha visibilidade e consiga melhor evoluir seu ranqueamento junto às outras instituições de ensino superior”, enfatizou.

Pesquisador agraciado destaca o estudo inédito

A pesquisa idealizada pelo Prof. Silva Néto começou há mais de seis anos quando ingressou em seu Doutorado. Continuar a debruçar-se sobre o assunto no estágio de Pós-Doutorado na UFPI era um anseio do docente, que durante cerca de quase dois anos estudou experimentalmente o tema no Departamento de Biofísica e Fisiologia da universidade.

“A gente já sabia da participação do óxido nítrico na fisiopatologia da doença e agora reforça-se essa teoria, pois essa molécula advém dos aminoácidos que estão na melancia. Com essa pesquisa, entendemos que a fruta realmente causa dor de cabeça e o motivo disso ocorrer, tendo em vista que agora não é mais só uma crença, é algo com embasamento científico. Além disso, o projeto abre caminho para novos estudos que poderão surgir à luz dessa temática”, destacou o pesquisador.

Supervisor do Estágio, Prof. Luciano Lopes, discursa sobre as contribuições da pesquisa

Como Supervisor do estágio, o Prof. Luciano da Silva Lopes evidencia que o projeto é algo bastante interessante, por ser uma área curiosa, em que estuda-se o efeito de alimentos comuns no dia a dia, assim como a interferência destes em algumas doenças e, especificamente, no caso da enxaqueca. “Foi um achado científico muito importante, o qual demonstra que o programa tem uma estrutura capaz de desenvolver projetos que são importantes, inclusive, com impactos para as pessoas de uma forma geral. Então, são muitas as contribuições que isso trouxe para a comunidade, na verdade, um dos objetivos da ciência é trazer algum tipo de benefício, que nem sempre é visto pela população, mas nesse caso é a explicação de algo que já se sabia ou pelo menos já se tinha uma informação prévia”, disse.

O Coordenador do PPG enfatiza a importância do programa para a comunidade

Para o Coordenador do PPG, Prof. André Luis Menezes Carvalho, o trabalho é extremamente importante e inovador, com alta capacidade de trazer visibilidade ao estudo desenvolvido pelo corpo acadêmico. “A qualidade do trabalho que foi desenvolvido nos fortalece enquanto Programa de Pós-graduação e ajuda na formação de novos recursos humanos, na elaboração de novos projetos e investigações futuras nesta área”, pontuou.

O Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas é o único da região meio norte, e a partir de 2024 apresentará a primeira turma de doutores formados pela Universidade Federal do Piauí.

Reportagem publicada originalmente no portal da UFPI.

A trajetória de Teresa Dalla Costa na promoção das Ciências Farmacêuticas no Brasil

Para Teresa Dalla Costa, associados mais jovens têm papel fundamental no fortalecimento e representatividade da entidade

Aproximar-se das agências de fomento, congregar e dar representatividade aos pesquisadores da área de Ciências Farmacêuticas são pilares fundamentais da atuação da Associação Brasileira de Ciências Farmacêuticas (ABCF), que completa duas décadas de existência em 2023. Uma personalidade que esteve presente nas reuniões antes mesmo da fundação da associação era Teresa Dalla Costa.

Em 2012, a Professora Titular da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) iniciou a sua atuação na diretoria da ABCF como Secretária Geral, durante a presidência da Profa. Suely Galdino. Teresa foi vice-presidente da ABCF até 2016. No ano seguinte, assumiu a presidência da entidade, onde ficou até 2018. Durante seu período na diretoria, participou da organização dos primeiros congressos próprios da ABCF, que iniciaram em 2012.

Na entrevista a seguir, a professora conta que seu maior desafio à frente da diretoria – e esse desafio não é exclusivo da ABCF, mas também de outras entidades científicas no país – foi a busca por aumentar o número de associados efetivos e engajar os participantes nas atividades propostas. “É fundamental que docentes e pesquisadores participem de sociedades científicas em suas áreas de atuação”, afirma.

Uma realização relevante da gestão de Teresa para a ABCF foi a parceria estabelecida com a Secad/Editora Panamericana para o PROFARMA, programa de educação continuada em Assistência Farmacêutica, Farmácia Clínica e Cuidado Farmacêutico. Os organizadores do material do PROFARMA são docentes e/ou pesquisadores associados da ABCF, indicados pela entidade. Deste modo, além de dar o aval científico para o programa, a ABCF ganha royalties que têm sido muito importantes para a saúde financeira da entidade.

Apesar das dificuldades, Teresa olha com orgulho as realizações de sua gestão, com destaque para a efetivação do Fórum de Coordenadores de Pós-graduação da Área de Farmácia como Comissão Especial da ABCF. Com a organização, o Fórum passou a ter um regimento, tornando-se parte da estrutura organizacional da ABCF e ganhando mais força em suas ações.

A professora também destaca que, na sua gestão, a associação colaborou com a organização de encontros regionais, nos quais a história e importância da ABCF para a consolidação da área de farmácia no país eram contadas por um dos fundadores da entidade. Nessa atividade, Teresa destaca a colaboração fundamental do fundador e ex-presidente da ABCF, Prof. João Callegari Lopes, que ministrou essas palestras nos eventos que ocorreram no Sul, Sudeste e Nordeste do país.

Em 2018, a ABCF voltou a realizar atividades científicas nas Reuniões Anuais da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), entidade à qual a associação é filiada. Teresa também destaca que, durante sua gestão organizou-se o IV Congresso da ABCF, que ocorreu em São Paulo, onde houve apresentação de 426 trabalhos aceitos na forma de resumos.

Especializada em Farmacocinética, com Doutorado em Farmácia pela University of Florida, nos Estados Unidos, Teresa vê com otimismo o período de crescimento da ABCF, com a entrada de mais pesquisadores da área de ciências farmacêuticas, ampliando sua inserção na sociedade e fortalecendo-se como uma entidade representativa da área. “Creio que os associados mais jovens têm um papel fundamental nesse processo e acredito que estão preparados para o desafio”, afirma.

Uma tragédia anunciada

Por Lucindo José Quintans Júnior*

A queda inédita na produção científica brasileira em 2022, conforme apontada no relatório da Elsevier-Bori, acende um alerta sobre o impacto negativo dos cortes de financiamento para ciência e o negacionismo científico no país, especialmente promovido pelo Governo Bolsonaro. Enquanto a produção científica mundial cresceu 6,1%, o Brasil experimentou uma inédita queda de 7,4%, interrompendo um contínuo crescimento anual desde 1996, ano em que os dados começaram a ser tabulados.

O cenário de 2022 se mostrou globalmente desafiador, com 23 países apresentando queda no número de artigos científicos publicados, marcando o ano com a maior quantidade de nações afetadas negativamente. A Pandemia da COVID-19 certamente contribuiu para a redução da produção científica em diversas nações. Contudo, no governo anterior, o Brasil testemunhou um explícito retrocesso em relação ao apoio e ao investimento na área de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), o que teve consequências profundamente prejudiciais ao desenvolvimento científico nacional. Aliados a isso, a postura negacionista adotada por membros proeminentes do “governo da terra plana” em relação a temas científicos cruciais, como a mudança climática e a pandemia da COVID-19, minou a credibilidade e o reconhecimento da ciência como um pilar fundamental para o progresso do país.

É importante destacar que a redução na produção científica brasileira só encontrou comparação com a Ucrânia, país em guerra, reforçando a gravidade da situação e posicionando o Brasil entre as nações que mais perderam em produção científica. De fato, os efeitos dessas políticas retrogradas são visíveis no relatório da Elsevier-Bori e sem precedentes em nossa história recente.

Assim, essa conjuntura adversa, combinada com a falta de apoio e incentivos, gerou um ambiente hostil para a pesquisa e a produção científica no Brasil. Muitos pesquisadores e cientistas talentosos se viram desencorajados e, em alguns casos, até mesmo impossibilitados de prosseguir com suas atividades acadêmicas e de pesquisa devido à ausência de recursos e reconhecimento institucional. Podemos dizer que houve uma espécie de diáspora de pesquisadores, muito bem formados em solo nacional, que preferiram mudar suas vidas para outros países, com maior apoio à pesquisa e à carreira de pesquisador. Assim, perdemos parte do investimento público brasileiro originalmente destinado na capacitação destes pesquisadores. Igualmente grave é que esses indicadores revelam uma preocupante tendência de enfraquecimento da pesquisa e do conhecimento científico no Brasil, o que pode ter impactos significativos no desenvolvimento do país e na busca por soluções para problemas complexos.

Várias entidades, como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Academia Brasileira de Ciência (ABC), Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), Fórum Nacional de Pró-reitores de Pesquisa e Pós-graduação das Instituições de Ensino Superior Brasileiras (FOPROP) e Associação Nacional de Pós-Graduando (ANPG) vinham, nos últimos 4 anos, alertando a sociedade brasileira sobre o continuo retrocesso para a CT&I promovido pelo governo anterior. Era uma tragédia anunciada!

Qual a repercussão?

O país passa a ter um menor papel como “player” internacional na CT&I, tornando-se menos atrativo para a formação de parcerias internacionais e, consequentemente, tendo maior dificuldade na realização de pesquisas inovadoras que transitem na fronteira do conhecimento humano. Maior dificuldade no desenvolvimento de produtos e processos disruptivos para o desenvolvimento de nossa indústria, dos ecossistemas de inovação e suporte ao terceiro setor. Como corolário disso tudo, há francos prejuízos aos nossos já complexos ecossistemas de empreendedorismo, as áreas tecnológicas e a economia do país. Nas áreas de humanidades e sociais aplicadas o drama é ainda maior, pois o desinvestimento e os ataques foram contínuos e completamente desarrazoados, gerando desestímulo e desqualificando áreas estratégicas e produtivas do país. Por fim, o mesmo desinvestimento gerou a paralisia de projetos e estruturas de pesquisa que, mesmo com grande reinvestimento, terão grandes dificuldades de colocar linhas de pesquisas, grupos de pesquisas, equipamentos de grande porte e infraestruturas multiusuárias novamente funcionando, pois fazer pesquisa não é um botão de “liga-desliga”, trata-se de um complexo ambiente que envolve pessoas qualificadas, laboratórios estruturados, insumos e recursos para a continuidade de trabalho, entre outros fatores. Ou seja, o dano é irreversível para o país.

Portanto, é fundamental que a sociedade, os líderes políticos e as instituições reconheçam a grande importância da ciência e reafirmem seu compromisso com o fortalecimento da CT&I no Brasil. Investir em pesquisa e em políticas baseadas em evidências é essencial para enfrentar os desafios globais, promover o desenvolvimento sustentável e garantir um futuro próspero para o país. É exatamente por essa razão que o resgate da ciência e da pesquisa como pilares centrais da nação representa uma tarefa urgente e indispensável para o progresso do Brasil.

Notas

Reportagem publicada originalmente em Destaque Notícias.

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Professor Titular no Departamento de Fisiologia (DFS) da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

e-mail: lucindo@academico.ufs.br

Líderes engajados na ciência: o desafio da ABCF e o futuro das Ciências Farmacêuticas

­‘É essencial termos líderes engajados, que pensem no papel da ciência como instrumento de transformação da sociedade’, diz ex-presidente da ABCF

O principal desafio da Associação Brasileira de Ciências Farmacêuticas (ABCF) é estabelecer uma relação mais próxima com novos estudantes e pesquisadores. Esta é a visão do professor Flavio da Silva Emery, que ocupou o cargo de presidente da entidade na gestão 2019/2020, e reforça a importância da renovação na Diretoria.

“As lideranças jovens têm mais afinidade e, portanto, condição de conversar de forma mais eficiente com as novas gerações de estudantes e cientistas, garantindo que o futuro das Ciências Farmacêuticas seja ainda mais brilhante”, observa.

O movimento de trazer as lideranças científicas jovens para participar da ABCF teve início em sua gestão e continuou durante a Diretoria da professora Sandra Farsky. “Esse processo se fazia necessário naquele momento, pois estamos falando de uma entidade que é da área da saúde, tem um mercado de medicamentos grande e importante nas políticas públicas do país. E as Ciências Farmacêuticas podem trazer inovação seja no desenvolvimento de um novo medicamento ou de novas tecnologias e vacinas. Por isso é essencial termos líderes engajados, que pensem no papel da ciência como instrumento de transformação da sociedade”, ressalta.

Para o ex-presidente da ABCF, construir um caminho de ampliação de alcance da informação por toda a comunidade científica é um legado importante da ABCF. “Já estamos vendo isso acontecer na nova Diretoria da associação, que tem hoje um presidente jovem, que faz com que a perspectiva da sua atuação se torne ainda mais relevante”, comenta.

Fortalecer a ABCF é ter um canal de voz para requerer melhorias das oportunidades e das políticas públicas no Brasil. “Por isso é fundamental que estudantes de graduação, pós-graduação e pesquisadores, além de professores da área da farmácia interajam e façam parte da associação, é uma forma de entrar em contato com o que há de mais moderno em pesquisa e desenvolvimento da Ciências Farmacêuticas”, reforça Emery.

Aproximação com a ABCF

Farmacêutico de formação, Flavio da Silva Emery atua desde 2008 como professor da Universidade de Ciências Farmacêuticas da USP de Ribeirão Preto e teve seu primeiro contato com a ABCF em 2011. “Decidi me associar à ABCF por conta das atividades do CIFARP [Congresso Internacional de Ciências Farmacêuticas] e por cerca de 10 anos estive envolvido em atividades da associação”, relata.

Presidente na gestão 2019/2020, tendo como vice-presidente a professora Sandra Farsky, Emery conta que quando assumiu o cargo, a Associação já estava bem estruturada. “Isso facilitou para que déssemos continuidade às metas estabelecidas que incluíam, além de aumentar o número de associados, dar mais visibilidade à ABCF na sociedade como um todo, mostrando sua relevância”.

Dentre as conquistas, o professor ressalta a de tornar a Associação uma voz de relevância para a sociedade, tornando-a um alvo para jornalistas ou mesmo colegas de profissão que procuravam informações das Ciências Farmacêuticas. “Fazer parte da construção do conhecimento para a sociedade, bem como das ações que estão relacionadas às políticas públicas de saúde do país, é algo que me deixa muito orgulhoso. Naquele momento, a ABCF se fez presente nos canais de mídia, divulgando o uso correto de medicamentos, a importância da compreensão do diagnóstico, além de outros assuntos relevantes”, destaca.

A pandemia chegou em seu segundo ano de gestão, impondo grandes desafios. “Passamos por dificuldades não só pelas questões de saúde, mas também pelas questões políticas, que afetaram tanto a população quanto a comunidade acadêmica. Graças ao esforço conjunto da Diretoria, tivemos êxito nas diversas ações promovidas e fomos uma voz relevante nas diferentes regiões do país no combate às fake news, na orientação do uso correto de medicamentos e na participação em ações públicas contra atividades governamentais que eram antiéticas e contrárias aos benefícios da população, afetando diretamente a saúde do brasileiro como um todo”, afirma.

Outro grande desafio destacado pelo professor foi o de manter a comunidade das Ciências Farmacêuticas – cursos de graduação e de pós-graduação, pesquisadores e estudantes – engajados. “Era um momento de isolamento social, mas tínhamos uma batalha política que denegria a imagem das ciências, corte de bolsa e de recursos para desenvolvimento de pesquisas. Combatemos tudo isso na ABCF, tentando manter a comunidade envolvida, para garantir que tivéssemos a manutenção dos direitos adquiridos nos últimos anos”, finaliza.

Perspectivas e desafios da ABCF por Sandra Helena Poliselli Farsky

Em entrevista exclusiva, a professora, ex-presidente e atual conselheira da ABCF, Sandra Farsky fala sobre o estímulo à pós-graduação e o contato com agências de fomento

No ano em que a Associação Brasileira de Ciências Farmacêuticas (ABCF) completa duas décadas de existência, as perspectivas de crescimento são positivas. Segundo a professora Sandra Helena Poliselli Farsky, membro do Conselho Consultivo da ABCF, o cenário é de otimismo, já que a atuação da associação acompanha as mudanças no atual Governo Brasileiro, que fortalece e acredita nas ciências. Mas ainda há um longo e importante caminho a ser trilhado

“Temos que estar atentos a todas as oportunidades que estão surgindo, abrir caminhos junto às agências de fomento, propondo editais para as Ciências Farmacêuticas. Embora já tenhamos avançado, ainda há muito a ser feito para a política de medicamentos no Brasil, somos muito dependentes nesta questão e só conseguiremos atuar nessa área se tivermos uma representativa, tanto nas ciências quanto na inovação”, conta a Sandra Helena Poliselli Farsky.

Para ela, uma das formas de fortalecimento da ABCF é a pós-graduação. A representatividade da pós-graduação dentro das agências de fomento foi a razão primordial da criação da ABCF. Realizou trabalhos para atrair a pós-graduação para dentro da associação durante os dois anos em que ocupou o cargo de presidente.

“Precisamos que a pesquisa em ciências farmacêuticas seja valorizada, portanto é importante que orientadores e alunos estejam vinculados a uma associação que os represente junto às agências. A ABCF é o canal para que projetos conjuntos, de grande visibilidade, sejam propostos para as agências e iniciativas privadas e divulgadas à população.

Trajetória

Sandra iniciou a vida acadêmica aos 17 anos, quando ingressou no curso de Ciências Farmacêuticas da USP de Ribeirão Preto. “Escolhi Farmácia porque queria trabalhar na área de saúde. Hoje vejo que fiz a escolha certa, adoro o que faço”, afirma.
Com a intenção de seguir na área de pesquisa, Sandra iniciou a pós-graduação em São Paulo, onde entrou no Doutorado no Instituto de Ciências Biomédicas da USP. “Quando terminei o Doutorado solicitei uma bolsa no CNPq e fui para o Instituto Butantan aplicar o que tinha feito no doutorado”, comenta.

Ainda trabalhando no Instituto, a professora conseguiu uma bolsa de Jovem Pesquisador na Fapesp e montou o seu próprio laboratório. “Foi uma época muito produtiva, trabalhei bastante, mas infelizmente não abriu concurso para o Butantan, acabei prestando concurso na Faculdade de Farmácia da USP, onde desde 2011 sou professora titular”, conta Sandra.

Sua atuação na ABCF começou em 2004, durante sua jornada na pós-graduação. “Eu participava muito das reuniões da Capes, liberada pelas professoras Suely Galdino e Dulcinéia Abdalla, que sempre foram mentoras para mim, pessoas que admiro muito. Elas estavam à frente da Capes na ocasião e tivemos anos produtivos, tanto que os membros dos programas de pós-graduação induziram a ABCF para fortalecer as Ciências Farmacêuticas”, destaca.

O primeiro contato com a Diretoria da associação ocorreu na gestão 2017-2018, quando a presidente era Teresa Dalla Costa. “Eu era tesoureira da associação quando o Flávio da Silva Emery, então vice-presidente, me convidou para concorrer em sua chapa. Na época expliquei que não era minha intenção, mas acabei assumindo a vice-presidência da ABCF junto do Flávio, e a presidência na gestão seguinte (2021-2022). Foi um momento muito difícil por conta da pandemia, mas aproveitamos para fazer um trabalho muito forte de divulgação da associação”, relembra a professora.

Como as reuniões só podiam ser realizadas on-line, Sandra instituiu um calendário mensal e toda a diretoria era convidada a participar. “Uma decisão muito acertada na época, tanto que até hoje as reuniões são realizadas assim. Foi uma forma de envolver os 18 representantes da diretoria da ABCF nas tomadas de decisões e estabelecer um momento onde todos eram ouvidos”, explica. Outra iniciativa importante iniciada na gestão de Sandra foi a de comemorar as datas importantes das Ciências Farmacêuticas.

Diferentemente do Congresso de 2021, que foi todo on-line, o de 2022 foi presencial e Sandra conta que essa foi uma vontade dos participantes. “As pessoas sentiam necessidade de se encontrar, mesmo que fosse necessário abrir as inscrições para um número menor de pessoas. Guilherme Gelfuso, atual presidente da ABCF organizou o congresso em Brasília e foi um sucesso. Desta forma fechamos com chave de ouro a gestão”, celebra.

E mesmo deixando a presidência, Sandra fez questão de continuar na ABCF, pois encontrou nessa iniciativa uma maneira de dar suporte à atual gestão. “Assim, intercalamos as pessoas que têm mais experiência com as que estão chegando, para que elas possam conhecer o funcionamento da associação que hoje está bem mais fortalecida”, finaliza.

20 anos de ABCF: os desafios e conquistas do início da Associação

Primeiro presidente, o Professor João Callegari conta a história da ABCF e ressalta a importância da participação de pesquisadores atuais no movimento em prol das Ciências Farmacêuticas

Montar uma sociedade que representasse as ciências farmacêuticas era um desejo antigo de muitos pesquisadores da área, que sentiam falta de uma entidade que pudesse falar em nome do setor perante as agências de fomento, tanto que muitos saíam do Brasil para o Doutorado. “O ano de 1968 foi um marco para o ensino superior no Brasil com a reforma universitária. Dentre as alterações, houve a criação dos institutos, o que provocou uma migração dos docentes e pesquisadores das áreas básicas das faculdades”, explica o Professor sênior da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP de Ribeirão Preto, João Luis Callegari Lopes.

As ciências farmacêuticas, que tinham em sua estrutura curricular disciplinas como química, farmacologia e microbiologia, entre outras, viram seus principais pesquisadores se associarem aos seus respectivos institutos. “Esse movimento fez com que as áreas básicas perdessem uma massa crítica muito importante no desenvolvimento de pesquisas, já que os pesquisadores passaram a trabalhar em conjunto com seus pares nos institutos”, comenta.

A reforma também propiciou condições para o desenvolvimento da pós-graduação como um curso de formação em pesquisa e muitas áreas se desenvolveram rapidamente nesse cenário. “No caso das ciências farmacêuticas, a pós-graduação teve um desenvolvimento mais tardio. O primeiro curso surgiu na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1970, mas só foi reconhecido formalmente em 1972. Com esse programa bastante ativo, começaram as discussões sobre a falta de uma sociedade que representasse a área de farmácia em órgãos como o CNPq e a Capes, que fomentam apoio à pós-graduação e à pesquisa”, conta o professor Callegari.

Somente em 1993 foi criada uma área de Farmácia na Capes, o que possibilitou a presença de um representante na entidade com direito à voz e voto. “No caso do CNPq, esse reconhecimento aconteceu em 2004 e na Fapesp em 2010”, afirma.

A nomeação de uma diretoria pro-tempore, constituída a fim de organizar o estatuto para a então Sociedade Brasileira de Ciências Farmacêuticas, ocorreu em 1º de julho de 2003, durante uma reunião do CIFARP. Posteriormente, esse nome precisou ser alterado para Associação Brasileira de Ciências Farmacêuticas (ABCF). “Fui nomeado presidente desta primeira comissão que elaborou estatutos e definiu a sede executiva da ABCF. No CIFARP de 2005 aprovamos e registramos os estatutos e tivemos a nomeação da primeira Diretoria Executiva e eu novamente entrei como presidente”, lembra o professor Callegari, que também assumiu a presidência entre os anos de 2007 e 2009.

Em sua primeira gestão, Callegari destaca dois principais desafios: conquistar associados e tornar a sociedade conhecida e reconhecida pelas agências de fomento. “Sem associados não fazia sentido termos a ABCF. Foi difícil trazer os pesquisadores, não pelo valor da anuidade, que era simbólico, mas porque eles já estavam ligados às sociedades das suas especialidades e nosso objetivo era atrair esses pesquisadores para participarem de uma segunda associação que tinha fins científicos”, analisa.
As primeiras dificuldades deram força às primeiras realizações. “Tornamos a associação reconhecida pelo CNPq e pela Capes e, aos poucos, fomos conquistando espaço para as ciências farmacêuticas em outras associações, coparticipando da organização de eventos”, relata.

Dentro do CNPq, a ABCF tem direito a voto e indicação de uma pessoa para o Conselho Superior da entidade. “O processo é realizado com transparência e todos os associados podem fazer sua indicação. O presidente da associação indica os três pesquisadores mais votados para a entidade, isso é uma conquista de todos que participam da ABCF”, ressalta.

Atualmente, o professor Callegari é associado à ABCF e tem boas perspectivas para o futuro da associação. “Uma nova geração está assumindo Diretoria, pessoas que eram estudantes na época em que foi construída e hoje são pesquisadores. Desejo que continuem esse processo democrático e de fortalecimento da área de farmácia. Quanto mais atuante a área, mais reconhecida ela será”, destaca.

“Ver essa juventude assumindo a ABCF com força de vontade, dando continuidade ao trabalho que começamos há 20 anos traz, primeiro, a sensação de que não trabalhamos em vão; e segundo que, enquanto docentes e pesquisadores, contribuímos para a formação de jovens bem informados, que hoje assumem as posições com determinação, responsabilidade”, diz Callegari.

Para ele, a atuação de quem está na ativa é fundamental. “É importante ver que os jovens estão assumindo o seu papel, não estão deitados naquilo que foi feito, estão atuantes, procurando atingir um grau de conhecimento maior. Isso traz uma sensação de dever cumprido”, finaliza o professor.

ABCF celebra 20 anos e busca ampliar interlocução com órgãos de fomento

Associação Brasileira de Ciências Farmacêuticas foi instituída com o objetivo de representar pesquisadores junto a órgãos acadêmicos

A ABCF – Associação Brasileira de Ciências Farmacêuticas – completa 20 anos com uma missão importante: ampliar a interlocução com órgãos de fomento relacionados a ensino e pesquisa do país. Instituída em 2003, a entidade tem o objetivo de representar os pesquisadores da área junto aos diferentes órgãos acadêmicos e científicos.

O atual presidente, Guilherme Martins Gelfuso, conta que neste mês de abril a ABCF já consultou seus associados e encaminhou ao CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – indicação de pesquisadores representantes para recompor o comitê da área de Farmácia.

Segundo ele, este é um momento de recomeço para as ciências de um modo geral, e as Ciências Farmacêuticas acompanham essa movimentação. Com foco em aumentar a visibilidade da ABCF, a nova Diretoria trabalha firme na difusão de informações sobre a Associação. “Temos que aprender a nos comunicar tanto com a população quanto com o público da área científica e acadêmica, além de dar continuidade aos congressos e aumentar o público nesses eventos”, ressalta o presidente.

A proposta é ampliar essa atuação, abrindo espaço – e oportunidades – para que os pesquisadores das ciências farmacêuticas encontrem na ABCF um porto seguro de sua representatividade perante a sociedade. Esse, aliás, foi um dos pilares que sustentou a criação da entidade.

Idealizada por professores e pesquisadores durante a 4ª edição do CIFARP – Congresso Internacional de Ciências Farmacêuticas, promovido a cada dois anos pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo – FCFRP-USP, a Associação nasceu do anseio por uma sociedade científica que representasse as Ciências Farmacêuticas junto a diferentes instâncias, a fim de apoiar pesquisadores e agregar valor à área.

“Essa ausência nos incomodava e era assunto toda vez em que nos encontrávamos em eventos da área. Então, durante o IV CIFARP, realizado em Ribeirão Preto em julho de 2003, criamos a Sociedade Brasileira de Ciências Farmacêuticas, que teve o nome alterado, depois que o estatuto foi elaborado e homologado”, relata o professor titular da Faculdade de Farmácia da UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais – Armando da Silva Cunha Júnior, um dos pioneiros desta iniciativa.

Com a associação criada, os esforços passaram a ser no sentido de estruturar e consolidar a ABCF no meio acadêmico. “Fui membro da diretoria da associação em diferentes momentos. Em 2013, quando fui presidente da ABCF, os principais desafios eram referentes à organização financeira e a todo o processo de prestação de contas do 1º Congresso realizado pela ABCF em 2012”, relembra Cunha Júnior, que destaca duas importantes realizações à frente da associação.

“Concluímos o processo de elaboração e encaminhamento, junto com as principais entidades representativas da área, de uma classificação mais adequada das subáreas da Farmácia que constituem a Tabela de Área do Conhecimento do CNPq. Além disso, elaboramos o projeto para a realização do 2º Congresso da ABCF em 2014”.

Identidade própria

Com a ABCF consolidada junto aos órgãos acadêmicos, faltavam agora alguns ajustes para que tivesse mais autonomia e uma identidade própria com relação a escolha das novas diretorias. O ano era 2014. O professor do Departamento de Farmácia na UEM – Universidade Estadual de Maringá, João Carlos Palazzo de Mello, então presidente da Associação, participou ativamente desse processo. “Meu mandato se estendeu até 2017, por um pedido meu junto à Assembleia. Meu objetivo era ajustar o período das eleições da Diretoria, que antes aconteciam dentro do CIFARP”, comenta Mello.

A experiência como presidente da Sociedade Brasileira de Farmacognosia (SBFgnosia), lhe permitiu iniciar um trabalho para acertar a documentação da ABCF. “Ela estava registrada na cidade de São Paulo, o que dificultava o trabalho burocrático da associação, como o registro de atas. Para nos ajudar nesse processo, contratamos um advogado que nos ajudou a trazer a sede para Ribeirão Preto. Hoje ela funciona dentro do SUPERA, que é a incubadora de empresas vinculada à USP”, explica.

“A partir daí reorganizamos o processo de eleição, que hoje ocorre em um evento próprio da associação, além das reuniões periódicas realizadas na sede, que passou a ser um local de fácil acesso para todos”, complementa Pallazo de Mello.

Outro desafio enfrentado em sua gestão foi o de criar condições para que as próximas diretorias tivessem autonomia para organizar o evento bianual da entidade. “Essas conquistas foram primordiais para que a ABCF passasse a ser vista como uma associação de fato”.

Interlocução

Com a evolução da área de farmácia nos últimos anos, a ABCF passou a exercer papel fundamental na interlocução da área com as agências de fomento. “Bem distantes dos 22 programas de Pós-Graduação que existiam quando a associação foi criada, hoje são 69 programas que contam com 1.200 docentes permanentes e centenas de alunos formados e matriculados anualmente nestes programas em seus cursos de Mestrado e Doutorado”, observa o professor Cunha Júnior.

Neste contexto, a ABCF, como principal associação científica que congrega todas as subáreas da Farmácia tem um importante papel no estímulo à cooperação entre os pesquisadores durante os eventos promovidos ou apoiados por ela.

Para o professor Palazzo de Mello, o grande desafio da ABCF agora é angariar associados. “Isso é fundamental para que ela possa crescer, se desenvolver e participar de fato do desenvolvimento da ciência no Brasil”, reforça. A proposta está entre as atividades previstas pela nova Diretoria, que assumiu no início de 2023.

Escutar os anseios da área permitirá a realização de ações que estimulem a constante atualização científica e contribuam para atrair jovens pesquisadores dispostos a se envolver nas questões das Ciências Farmacêuticas. O desafio está lançado. E a disposição em superá-lo também.

Como se associar

Associar-se à ABCF é simples. Basta clicar aqui para preencher a nossa ficha cadastral, fazer o pagamento da anuidade e pronto! Você passa a integrar esse time de pesquisadores que se uniram em prol das Ciências Farmacêuticas.