ABCF lança edital para inscrição de chapas nas novas Divisões Regionais

A Associação Brasileira de Ciências Farmacêuticas (ABCF) lançou, nesta terça-feira (2), a abertura do Edital 01/2025, com a abertura da inscrição de chapas para a composição das Diretorias das Divisões Regionais da entidade. A iniciativa, regulamentada pela Resolução 01/2025, marca um passo importante para a descentralização das atividades da ABCF e a valorização das ações científicas e educacionais em diferentes estados do país.

As Divisões Regionais terão como missão promover atividades científicas, educativas e de extensão, além de fortalecer a integração entre pesquisadores, estudantes e profissionais. Também serão responsáveis por levar demandas locais para a Diretoria Nacional e os Conselhos da ABCF, ampliando a representatividade da comunidade farmacêutica em âmbito nacional.

As inscrições estarão abertas até 3 de outubro de 2025, exclusivamente por meio eletrônico, pelo e-mail adm.abcf@gmail.com. Cada chapa deve ser formada por, no mínimo, quatro membros (Diretor(a) Regional, Vice-Diretor(a), Primeiro(a) Secretário(a) e Segundo(a) Secretário(a)), todos associados efetivos da ABCF e em dia com suas obrigações estatutárias. Além disso, é necessário que os integrantes representem, pelo menos, duas Instituições de Ciência e Tecnologia da região.

O resultado final da seleção será divulgado em 20 de outubro de 2025, no site oficial da Associação. A posse das chapas eleitas ocorrerá em 30 de outubro de 2025, durante a Assembleia da ABCF no 15º Congresso Internacional de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (CIFARP 2025), no Hotel Royal Tulip JP.

Segundo Ricardo Neves Marreto, presidente da ABCF (biênio 2025-2026), a criação das Divisões Regionais representa “um avanço estratégico para ampliar o alcance da Associação e fortalecer a presença das Ciências Farmacêuticas em todo o território nacional”.

Confira o edital.

ABCF manifesta repúdio à proposta de criação do curso de Engenharia Farmacêutica

A Associação Brasileira de Ciências Farmacêuticas (ABCF), entidade científica que há décadas representa pesquisadores, estudantes e profissionais da área em todo o país, divulgou um manifesto contra a proposta de criação do curso de graduação em Engenharia Farmacêutica, apresentada pelo Instituto de Química da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Segundo a ABCF, a criação desse novo curso representa um risco importante para a saúde pública, além de desrespeitar legislações federais e decretos já vigentes. O documento destaca que a proposta poderia gerar fragmentação de mercado, sobreposição de atribuições e comprometer a qualidade, a segurança e a eficácia de medicamentos e outros produtos de interesse sanitário.

A Associação reforça que as Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de Farmácia já contemplam a formação sólida e abrangente necessária para a atuação do farmacêutico na indústria farmoquímica e farmacêutica. Esse profissional recebe capacitação em pesquisa, desenvolvimento, produção, controle e garantia de qualidade de medicamentos, cosméticos, produtos biológicos, biotecnológicos e para diagnóstico, assegurando padrões técnicos e regulatórios nacionais e internacionais.

“O farmacêutico é um profissional da saúde com regulamentação consolidada e atuação histórica, sendo peça-chave para o crescimento do setor e para a garantia da segurança da população brasileira”, afirma o documento.

Para a entidade, não há justificativa técnica ou de mercado para a criação de um novo perfil profissional. Ao contrário, a medida poderia gerar insegurança regulatória, duplicidade de funções e prejuízos à saúde pública.

Diante disso, a ABCF manifesta seu veemente repúdio à proposta e solicita à Universidade Federal de Goiás que impeça a criação do curso de Engenharia Farmacêutica.

Confira o manifesto completo.

II Congresso ISPE LATAM de Farmacoepidemiologia reúne especialistas para debater avanços e políticas em saúde na América Latina

Evento acontece de 09 a 11 de outubro de 2025, na Universidade de Sorocaba (UNISO), e promove integração entre academia, governo e indústria farmacêutica

A segunda edição do Congresso ISPE LATAM de Farmacoepidemiologia será realizada de 09 a 11 de outubro de 2025, na Universidade de Sorocaba (UNISO), no estado de São Paulo. Organizado pelo Comitê Científico da International Society for Pharmacoepidemiology (ISPE) na América Latina, o evento tem como objetivo promover a troca de conhecimento e fortalecer a aplicação da farmacoepidemiologia em políticas públicas e decisões em saúde.

Com uma programação que inclui palestras, simpósios, workshops e apresentações de pesquisas, o congresso reunirá especialistas de diversos setores, como universidades, agências reguladoras, indústria farmacêutica, órgãos governamentais e operadoras de saúde. 

Um dos pilares centrais é fomentar a sinergia entre os principais atores do setor, incluindo governos, agências reguladoras, indústria farmacêutica e comunidade acadêmica, com o propósito de fortalecer a base de evidências científicas que sustentam as políticas de saúde na América Latina. 

Esta iniciativa se consolida como um espaço estratégico para estimular o intercâmbio de conhecimentos, desenvolver capacidades técnicas e articular ações conjuntas que ampliem a relevância e aplicabilidade da farmacoepidemiologia no contexto latino-americano.

A farmacoepidemiologia é essencial para monitorar o uso de medicamentos, avaliar riscos e benefícios e subsidiar políticas de saúde. O congresso busca fortalecer a colaboração entre os países latino-americanos, incentivando a padronização de métodos e a geração de evidências locais para melhorar a segurança dos pacientes.

Serviço

II Congresso ISPE LATAM de Farmacoepidemiologia

📅 Data: 09 a 11 de outubro de 2025

📍 Local: Universidade de Sorocaba (UNISO) – Sorocaba/SP

🔗 Site oficial e inscrições: https://ispelatampharmacoepi.uniso.br/

UFRN promove 15ª edição do Curso de Férias de Farmácia com foco em inovação e extensão

Entre os dias 28 de julho e 1º de agosto, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) realizará a 15ª edição do Curso de Férias de Farmácia, nos Laboratórios da Faculdade de Farmácia. O projeto de extensão, promovido pelo Laboratório de Sistemas Dispersos (LaSiD), oferece uma experiência prática e teórica que aproxima estudantes e professores da comunidade escolar da pesquisa científica e da inovação em saúde.

Durante uma semana, os participantes são convidados a vivenciar, aprender e construir conhecimento científico por meio de atividades em laboratório. A programação, que combina momentos teóricos com experiências aplicadas, é cuidadosamente elaborada para aproximar a comunidade escolar da pesquisa e da inovação na área farmacêutica, integrando ciência e educação em uma experiência única que contribui para o fortalecimento da educação de qualidade, alinhada ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 4.

O LaSiD, laboratório responsável pelo curso, é reconhecido nacionalmente por sua excelência em pesquisas nas áreas de nanotecnologia e desenvolvimento de terapias inovadoras para doenças crônicas. Com infraestrutura de última geração, equipamentos avançados e uma equipe multidisciplinar de pesquisadores e estudantes dedicados, o LaSiD é referência no desenvolvimento de sistemas avançados para liberação controlada e direcionada de fármacos, além de formulações otimizadas que elevam a eficácia terapêutica.

A coordenação do curso está a cargo do Prof. Sócrates Egito, em parceria com a Liga Acadêmica de Farmácia Industrial e Tecnologia Farmacêutica (LAFITEC).

Além da rica experiência em laboratório, os estudantes que atuam como monitores no curso contabilizam horas de extensão, reforçando a importância da participação ativa na comunidade acadêmica e na promoção da ciência para além dos muros da universidade.

Para saber mais acesse – https://linktr.ee/cffarmaciaufrn

ABCF lança Divisões Regionais e inaugura nova fase de expansão e fortalecimento da ciência farmacêutica no Brasil

A Associação Brasileira de Ciências Farmacêuticas (ABCF) dá um passo estratégico e simbólico para ampliar sua presença em todo o território nacional: a criação das Divisões Regionais. A iniciativa marca uma nova etapa na trajetória da associação, com foco na valorização das especificidades locais e na integração de saberes científicos, educacionais e de extensão.

Cada divisão será composta por até quatro representantes associados, ligados a diferentes instituições de ensino superior da região, e terá como missão coordenar ações que promovam a ciência farmacêutica em seus contextos regionais. Entre as atribuições estão a realização de eventos, a divulgação de pesquisas, a articulação de parcerias locais e a conexão direta com a Diretoria e os Conselhos da ABCF.

Em breve, será lançada a chamada pública para seleção dos representantes regionais. O interessados deverão apresentar um plano de trabalho com ações voltadas ao impacto científico e educacional em suas comunidades acadêmicas e profissionais.

“A criação das Divisões Regionais é uma resposta concreta à diversidade e à riqueza da produção científica em nosso país. Estamos construindo pontes entre o conhecimento e os territórios, valorizando o protagonismo local sem abrir mão da unidade nacional”, afirma Ricardo Marreto, presidente da ABCF.

Com essa medida, a ABCF reafirma seu compromisso com uma ciência farmacêutica mais inclusiva, representativa e conectada às realidades do Brasil. É o conhecimento chegando mais longe e mais perto de quem faz a diferença.

Resolução 01/2025

ABCF encaminha carta ao Ministro da Educação pedindo que cursos de Farmácia sejam ofertados exclusivamente na modalidade presencial

A Associação Brasileira de Ciências Farmacêuticas (ABCF) encaminhou, nesta segunda-deira (26), um manifesto ao Ministro da Educação, Camilo Santana, solicitando a revisão das diretrizes estabelecidas pelo Decreto nº 12.456/2025, que permite a oferta de cursos de Farmácia na modalidade semipresencial.

A medida visa garantir a qualidade da formação dos futuros farmacêuticos, assegurando que os estudantes tenham acesso a experiências práticas essenciais em laboratórios e estágios supervisionados. A ABCF destaca que a natureza da profissão exige habilidades técnicas e interpessoais que não podem ser plenamente desenvolvidas no ensino a distância (EaD).

No documento, a ABCF reconhece os avanços proporcionados pelo decreto no sentido de democratizar o acesso ao ensino superior no Brasil, mas alerta para os riscos associados à formação semipresencial na área farmacêutica. Segundo a entidade, a complexidade da formação dos profissionais de Farmácia exige uma integração intensiva entre teoria e prática, algo que não pode ser adequadamente replicado fora do ambiente presencial.

“A formação de um farmacêutico exige laboratórios, estágios supervisionados e o desenvolvimento de habilidades interpessoais que não são plenamente desenvolvidas a distância. Trata-se de uma profissão essencial à saúde pública, cuja atuação impacta diretamente a segurança do uso de medicamentos, a inovação tecnológica e o desenvolvimento econômico do país”, aponta o manifesto.

A entidade também destaca o fraco desempenho dos cursos EaD em Farmácia no ENADE e reforça que o Brasil, ao buscar padrões internacionais de qualidade na formação superior, deve seguir o exemplo de países que mantêm a formação farmacêutica exclusivamente presencial.

A carta ressalta que, embora reconheça o valor de tecnologias educacionais e metodologias inovadoras, estas devem ser complementares e não substitutivas à vivência prática e à presença física, fundamentais para a formação plena de profissionais da área.

A ABCF, que há 20 anos representa os pesquisadores das Ciências Farmacêuticas no Brasil, finaliza o documento solicitando a inclusão dos cursos de Farmácia entre os cursos da área da saúde que devem ser ofertados exclusivamente de forma presencial. A medida, segundo a entidade, visa garantir o direito à saúde e a segurança da população, conforme previsto no artigo 196 da Constituição Federal. Confira o documento.