A CAPES tem buscado aprimorar continuamente o processo de avaliação dos programas de pós-graduação no Brasil, priorizando cada vez mais indicadores qualitativos em detrimento de análises puramente quantitativas. Essa mudança reflete uma visão mais ampla e profunda do impacto real das pesquisas desenvolvidas, indo além de métricas como o fator de impacto de periódicos científicos.
Desde o ciclo avaliativo de 2017-2020, a avaliação qualitativa e o impacto da pós-graduação foram incorporados à ficha de avaliação das áreas de conhecimento. No entanto, observou-se uma dificuldade significativa dos PPGs da área de Farmácia em justificar os destaques escolhidos. A maioria dos programas optou por destacar artigos científicos, com justificativas focadas principalmente no impacto acadêmico, como o fator de impacto dos periódicos. Esse aspecto, porém, já é avaliado em outros itens da ficha, o que revelou uma lacuna na compreensão da abrangência das argumentações necessárias, especialmente no que diz respeito ao impacto social, tecnológico e econômico das pesquisas.
A CAPES tem publicado relatórios por meio de Grupos de Trabalho (GTs) para orientar o processo avaliativo. Esses documentos, disponíveis no site da CAPES, buscam esclarecer as expectativas e critérios de avaliação. No entanto, ainda há um desafio em garantir que essas orientações alcancem toda a comunidade da pós-graduação de forma efetiva.
ABCF na divulgação das orientações da CAPES
A Associação Brasileira de Ciências Farmacêuticas (ABCF), que tem como missão representar os pesquisadores da área das Ciências Farmacêuticas e fortalecer o desenvolvimento científico da área, se dispôs a divulgar as orientações da CAPES para toda a comunidade da pós-graduação.
Com seu compromisso com a excelência e o aperfeiçoamento contínuo, a ABCF busca garantir que as diretrizes e critérios de avaliação qualitativa alcancem de forma efetiva coordenadores, docentes e discentes, promovendo uma compreensão mais clara e integrada desses processos.
Avaliação mais significativa
A transição para uma avaliação mais qualitativa representa um avanço importante para a pós-graduação brasileira, incentivando programas a demonstrarem não apenas a excelência acadêmica, mas também o impacto transformador de suas pesquisas. Para isso, é essencial que coordenadores, docentes e discentes trabalhem juntos, compreendendo e aplicando os critérios de forma integrada.
A área de Farmácia, assim como outras áreas do conhecimento, tem a oportunidade de liderar essa mudança, mostrando como a pós-graduação pode contribuir para o desenvolvimento científico, tecnológico e social do país.
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IMPACTO DA PÓS-GRADUAÇÃO: Análise Qualitativa e Destaques | Considerações Gerais da Área de Farmácia (Área 19)