Produção farmacêutica é questão de soberania nacional

Mesa redonda da ABCF e SBFTE na 73ª Reunião Anual da SBPC vai debater o tema entre cientistas e representante da indústria

Na opinião pública o termo IFA, sigla para Insumo Farmacêutico Ativo, foi praticamente ignorado até meados de janeiro de 2021, quando houve um pico de buscas por seu significado, segundo o Google Trends, majoritariamente associadas a vacinas ou centros de pesquisa. O Brasil não produz a grande maioria dos IFAs utilizados na fabricação de medicamentos e vacinas, dos mais triviais aos mais complexos.

“Trata-se de uma questão de soberania nacional”, fala a cientista Teresa Dalla Costa, da Associação Brasileira de Ciências Farmacêuticas (ABCF) e Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental (SBFTE). Ela explica que o fato de não produzir IFAs e não investir em parques industriais nacionais que deem conta da demanda, tornam o Brasil vulnerável. Além disso, a falta de oportunidades para pesquisa nesta área no país leva muitos cientistas a buscar carreira internacional.

Teresa vai coordenar a mesa-redonda Autonomia Brasileira na produção de Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs): o que é preciso para darmos esse salto? que integra a programação da 73ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Ela é docente da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Participarão do debate os cientistas Eliezer Barreiro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Mauro Teixeira, da Universidade Federal de Minas Gerais, Antônio Carlos Bezerra, da Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades (ABIFINA).

O evento será transmitido no canal de Youtube da Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental (SBFTE).

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