O descarte inapropriado de medicamentos tem potencial para causar problemas ambientais e para a saúde humana. Mesmo moradores de cidades atendidas por sistemas de tratamento de água podem ser expostos aos efeitos do descarte incorreto desses produtos e, segundo o instituto Trata Brasil, apenas 46% do esgoto gerado no país é tratado.
Ernani Pinto e Tania Mara Pizzolato, docentes e pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), respectivamente, vão falar sobre o assunto na live promovida pela Associação Brasileira de Ciências Farmacêuticas (ABCF) na próxima quinta-feira (25).
O tema é Descarte de medicamentos e os efeitos da presença de fármacos em águas mananciais sobre a saúde humana e animal. A live será às 17h na página da ABCF no Facebook (Facebook/ ABCFarmaceuticas). O mediador será Ricardo Marreto, vice-diretor da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Goiás (UFG) e primeiro secretário da ABCF.
Desde 2020, a legislação brasileira determina a logística reversa para o descarte de medicamentos; isto é, produtos vencidos ou que não serão mais utilizados, devem ser processados pelas indústrias farmacêuticas. “Porém, há na sociedade pouca informação sobre como dar destinação adequada à esses produtos”, alerta Ricardo. Na live, os pesquisadores mostrarão os impactos da presença de fármacos em águas de mananciais, assim como discutirão sobre estratégias de tratamento.
